Entre o exílio do não ser
A escuridão galopando em sua força total
Uma névoa profunda, infinita, triunfante
Talvez por um tempo,
Mas qual tempo,
Aquele que te trouxe até aqui
A moira implacável, sorridente, vencedora.
Se não podemos vencê-la, o que fazer
Aguardar no tempo
Nem a escuridão infinita ou a luz de um amanhecer
resistem ao tempo
Nossas cegueiras e ideias mal quistas, tampouco
não se apresse, ele chega...
As ideias se perdem,
os amigos, por quais labirintos os deixei escapar
Se alejaran de ti, no te recuerdas
Gritavam maldita, mal parida
Não há retorno, não se entristeça
É o fim ?
Não, diria uma pausa
Um silêncio, um talvez
De vez em quando
É preciso perder-se de si
Para quem sabe encontrar-se
Nas reticências de um tempo qualquer
Nos versos de um poema
Na vida que segue
Nas memórias sufocadas
Na verdade que um dia chega...
Montevideo, 2018
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