domingo, 1 de setembro de 2024

EXÍLIO

 Entre o exílio do não ser

A escuridão galopando em sua força total

Uma névoa profunda, infinita, triunfante

Talvez por um tempo,

Mas qual tempo,


Aquele que te trouxe até aqui

A moira implacável, sorridente, vencedora.

Se não podemos vencê-la, o que fazer


Aguardar no tempo

Nem a escuridão infinita ou a luz de um amanhecer

resistem ao tempo


Nossas cegueiras e  ideias mal quistas, tampouco

não se apresse, ele chega...

As ideias se perdem, 

os amigos, por quais labirintos os deixei escapar

Se alejaran de ti, no te recuerdas


Gritavam maldita, mal parida

Não há retorno, não se entristeça

É o fim 

Não, diria uma pausa

Um silêncio, um talvez

De vez em quando

É preciso perder-se de si

Para quem sabe encontrar-se


Nas reticências de um tempo qualquer

Nos versos de um poema

Na vida que segue 

Nas memórias sufocadas

Na verdade que um dia chega...


Montevideo, 2018

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