quarta-feira, 17 de agosto de 2011

La vida por hacerce

Platos, tazas
Cubiertos sobre la pila
El niño se despierta
A lo lejos lo escucho
Escucho su llanto
El perro parece indagarme
Las ropas por planchar
Me miran
Me llaman
Todo este desorden
Vos dónde estás
Qué hacés
mientras todo
Mirá la cuchara, ni el cuchillo
Ni nada
Tu casa, tu cara
Vas a reclamar de tu condición
Jamás te he visto tan hermosa
Que le va a decir
Mientras llegue
Mientras entre en su casa
y todo esté por hacer
Mujer, por dónde caminas
Por dónde caminas
Que ya no te veo
Este mundo, no es el tuyo
Tampoco es tuyo esta pieza
Será mujer que te volviste otra cosa
Que de hecho empezaste o
tomaste otro rumbo
Sin tu perro, sin el llanto y sin la pila

sexta-feira, 27 de maio de 2011


Me transformo em cotidiano
Cotidiano tudo espera
Cotidiano, embora hoje
se pinta no amanhã
e se espelhará no anteayer
E se repetirá eternamente
Já não importa o que se sente
Tanto trabalho, tanto por fazer
Tanto e tanto
Já não há calma
Apenas falta
No entanto,
Na falta do tempo
A gente vai se esquecendo...
Desamor

Há dias que experimentamos
Um novo sentimento
Tão novo e intenso
Como o próprio começo
Há dias que a beleza se esvai
O que fica?
Fica o desapego, o desalinho
Se inventa o contrário da pretensão
O avesso
Acho que esse avesso
Se faz No cotidiano
O amor dele
igualmente se faz
e se desfaz
 
São caminhos
 veredas,
As vezes corriqueiro
Desapercebido
Quase como o silêncio
Tão visível
As ações repetidas
Desapercebidas
Um dia sentimento
Noutro desamor
Quiçá hoje o que sinta
O que desarma em meu peito
Seja a ausência
Algo se reinventa
Inventado, cria forma
Chega em mim bruto e desatento
 Não menos dilacerante
Que aquele começo
Me desperto
E o que sinto
O que vejo
Apenas  ventania.








terça-feira, 17 de maio de 2011

Reinações de Narizinho


Uma discussão iniciada o ano passado sobre o questionamento se seria Monteiro Lobato um escritor racista e que volta a causar polêmica com a capa e conteúdo da revista Bravo, despertaram me algumas inquietudes e ruminar. A mesma revista lançou uma enquete sobre o tema e as diversas respostas me indagaram e delas surgiram o breve texto.

Acredito que leitores da revista e do escritor Monteiro Lobato se perguntam, se na primeira metade do século XX poderíamos falar de racismo no Brasil, pois se não existe o conceito como tal, ou se era algo um tanto permissivo naquele país que então se configurava, não podemos afirmar que tal atitude agride a ética e tampouco seria uma atitude imoral, não podemos esquecer que o escritor referente faz parte das entranhas do cânone da literatura brasileira e alguns também o chamam de precursor da literatura infantil que tem obras como já sabemos imortalizadas na figura do livro O Sítio do Pica PAU Amarelo. O Jeca Tatu que também vira símbolo nacional, Urupês, ademais de suas famosas lutas a favor e do questionamento do petróleo brasileiro. Me pergunto se um escritor pode ser julgado ou ter uma obra revisada por algo que quiças desconheça ou por um público tão distante e alheio ao seu tempo.

Diante tais indagações fui dar com a história, parceira irresistível da literatura, o ser humano tem algo que é a curiosidade o desejo do plausível e do conhecimento, ademais não pretendo ser uma leitora injusta e incoerente com alguém que forjou e encheu de fantasia a tantos infantes. Pois se a pergunta chave é racismo, o primeiro a saber é quando de fato surge o conceito por todos tão conhecido, racismo segundo Houaiss é um conjunto de teorias e práticas que estabelecem uma hierarquia entre as raças, entre as etnias, sistema político fundado sobre o direito(de uma raça considerada pura superior) de dominar outras. Esse conceito é inerente a própria modernidade, pois inicia no século XVI com a literatura etnográfica e que terá em seu desenvolvimento a teoria das raças cujo desdobramento o conceito de racismo.

Ainda na perspectiva de imaginar esse contexto ao qual sua obra se insere, a eugenia no Brasil foi uma teoria bastante desenvolvida, não só no Brasil como em toda America Latina, me acordo de Sarmiento na Argentina em suas soluções para que fosse extinguido do país os indígenas e negros e para que fosse possível algo dos que nos lembra parte da cultura rioplatense hoje.Eles se organizavam em congressos para discutir o tema e o sangue maldito das “raças inferiores”, tendo como organizador Roquette Pinto foi possível o encontro dos arianistas em 1929, tal encontro seria chamado congresso Brasileiro de eugenia. Então sim, fazia parte do contexto histórico o estudo científico ditado como tal, que tinham em sua prática não apenas intelectuais como políticos entre seus seguidores, ideias ou flerte com conseqüências que são nossas velhas conhecidas a Ku Kux Klan que nasce nos Estados Unidos depois da guerra civil, que possibilitou a libertação dos escravos africanos, o holocausto, os apartheides, ademais de grande parte da desigualdade social vigente que se configura sem muitos esforços em uma desigualdade racial. Esse posicionamento ideológico igualmente tinha suas forças contrárias, já que se tratava de forças ou enfrentamento distinto para os mesmos conflitos Franz Boas que orienta intelectualmente parte dos estudiosos da história social que se configura no Brasil nesse mesmo período, considera e prova no decorrer de sua vida um atraso e repúdio a tais estudos eugenistas.

Desse modo recordei outro intelectual contemporâneo a Lobato, Gilberto Freire, em 1933 aparecem os primeiros artigos sobre o livro concluído no ano anterior Casa Grande e Senzala o mesmo organiza ao que se tem respeito o primeiro congresso de Estudos Afro Brasileiros e é preso em 1942, por ter denunciado um artigo publicado no Rio de Janeiro, sobre atividades nazistas e racistas no Brasil no prefácio do seu livro afirma: A formação patriarcal do Brasil explica-se, tanto nas suas virtudes como nos seus defeitos, menos em termos de "raça" e de "religião" do que em termos econômicos, de experiência de cultura e de organização da família, que foi aqui a unidade colonizadora. Economia e organização social que às vezes contrariaram não só a moral sexual católica como as tendências semitas do português aventureiro para a mercancia e o tráfico.

O autor tenta fazer um retrato do Brasil, uma fisionomia da família brasileira e da economia patriarcal, como fazê lo sem falar desse país multicultural.Portanto, me pergunto se buscamos uma literatura universal que seja capaz de atrair a leitores sem rosto, mas com culturas tão diversas indagar em qualquer espaço e contexto da qual faça parte e fazer sentido dentro desse universo em que se encontra o leitor ,será que pode uma literatura que menospreza uma etnia, a emburrece e igualmente a olha com desdém ser universal? Questiono se a universalidade nesse caso, restringe se a um escritor branco e racista escrevendo para iguais de qualquer tempo. Penso ainda nas crianças brancas lendo muitos desses livros sem um acompanhamento adequado, sem um contexto histórico e conceitual adequados quão mal e quais conseqüências poderia refletir se nelas, será que a insensibilidade de viver em um país forjado por desigualdades naturalizadas, por um racismo cotidiano e operante, que é revelado nesse maravilhoso mundo democrático da internet em suas enquetes e redes sociais.

Cristiane Mare da Silva

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Memórias

La vida se hace arte
Y en su quehacer nos pide alma
Al tanto calma
Pero el tiempo nos huye
La batalla sigue
Mismo sin nosotros
El cuerpo guerrero se envena
Por hora avanza
A veces aislado del cuerpo
Otras veces, aislado del alma
Juega una ciranda
Parece niño,
Parece que danza
Entoces, se tira al aguejero de la oscuridad
Hasta que su yo, cansado de sufrir  
Cansado de  lastimar
Mira a la ventana
Mira su alma
Mira su cama
Grita el grito más alto
Tan alto que engedra silencio
Al hondo de su ser
Está surgiendo una otra cosa
Que siempre estuvo allí
Pero, algo le hizo olvidar
Será el tiempo, lástima!
Tomó de su veneno
De golpe se despierta
Se alimenta
Al saborear más de si mismo
Siente su sonrisa
Siente las lágrimas
Siente el amor
Siente que la vida es arte.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Chronos


19-07-08

Disse-me: Fique. Dizer impetuoso e imperativo, fiquei paralisado amordaçado, naquela ação brusca e violenta, contudo me atraía.
Habituei-me com aqueles verbos assim como com aquela figura. Dizia que se eu ficasse e quanto mais nós nos amássemos se ampliaria o próprio sentido de si, sem relutância, cheguei a pensar que eram palavras sinceras.
Porém o tempo, felizardo e nunca falho, minto não foi o tempo o culpado de tal ação, foram os sujeitos, constituintes indispensáveis do kairos, que desenganam e desmistificam palavras.
Ela gritava vai ficar aí parado? Havia sido ordem primeira. . . Tranqüilo pensei, que fosse período, sendo assim passaria, não passou. A distância cedeu lugar aos velhos carinhos, ainda que sempre brutos eram a sua maneira de Amar.
Com a distância o ficar e estar parecem padecer de sentido, pois bem.
Em uma noite antipática gritou-me permanecerá até quando? Se você ficar vou eu, a ideia era ficarmos juntos, irmos sempre acompanhados.
Mas obediente que sou,voltei ao parágrafo primeiro. 

domingo, 1 de maio de 2011

Coisas boas da vida.

Esperanza tem uma voz e um jeito único de interpretar canções que do inglês perpassam o espanhol e o português. Tocou acompanhada de grandes nomes do Jazz  como Pat Metheny, Joe Lovano e  Michel Camilo... Uma música que se revela, que se transforma e que em mim vira encanto 
http://youtu.be/wpvQUzPdBLY

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sorte Cigana

Leste a minha mão
Disseste é meu o teu coração
Os teus olhos cheios de verdade
Pareciam saber de felicidade 
Ledo engano
Vãos desenganos
Mamãe sempre dizia
Não entregues a tua sorte
Em mãos de estranhos.

Música e retrato

O passado
Tange a alma
O tudo e  nada
Narciso e Eco
Quase reencontro
Depressa,
Tranque a porta
O que resta,  é memória
Desacordo e desalento
 passado, é retrato, 
 música
Silenciosa
 golpeando, O nada que resta
E aquilo tudo que fica.

Extranjera 
Desde hace mucho
Desde hace siglos
Buscando caminos
Extrañándo a Mis sueños
a los amores
a mis flores
los fui dejando por el camino
Por la vereda
Rincones 
Ahora juguetes
Que me llevan por toda parte
que llega en parte alguna
y me reparten 
Sigo extrajera 
Sigo caminante
Sigo pasajera
Mi hogar
es mi propio camino...










Cotidiano


Me exigiram palavra
Letra emboscada
Enroscada na garganta
Saiu, não com tranqüilidade
Um suspiro
Suspiro de liberdade
Querendo ganhar mundo
Querendo virar gente...