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Mostrando postagens de fevereiro, 2018
É como labirinto Vida na quebrada Morte na surdina Quando sobrevive, é tanta treta Diz aí Doutor, quem resiste? Tic tac, o relógio faz tic E o gatilho faz Tac Tô na Roleta russa A alma tá  um veneno Queria esquecer Deixar pra trás Aquela grade fechando A solidão me apertando Mas essa vida  aqui em cima mais parece uma furada Tô aqui na quebrada E essa carne Preta, Quanto  custa? Não custa...
Onde me vês Sou miragem Dor, resiliência Onde me escutas, Sou eco Loucura A loucura, que há em mim Escorre entre minhas pernas,  Desatina e recomeça Não, não se atreva Não me olhe,  Seu olhar, me causa náuseas, calafrios Nojo Quanto a seus privilégios,  Invisibilidade/Neutralidade, não sei Pegue seu corpo, sua maldade Suma, desapareça A sua existência,  Me mata aos pedacinhos E diz que não vê? Meu corpo,  No chão, em desalinho Minha mão, Estendida, pedindo todo o resto O teu resto Me transformastes Em lodo, ira, violência E agora! Agora, não me queres ver? Sua maldade não te excita? Como dormes,  Sabendo que o animal que vês em mim É aquilo, que de mais profundo Habita em ti... Branco,  Da cor da guerra,  Da morte, da lama Vai vendo, vai vendo O futuro é Preta ! ! E teu racismo,  não guenta.