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Mostrando postagens de dezembro, 2015
LIBIDO Desejante de mim Caminho, estonteante pela vida Embriagada em perfumes Dos jasmins, Que eu mesma colhi.
Meu corpo É feito de contas, De águas salgadas Esse corpo, ancorou memórias Atravessou oceanos Cultuando a voz de minha avó De minha mãe E do axé ancestral  Frente ás minhas contas Atravesso como rio Desemboco oceano Me transformo em imensidão . . .
Sou poetisa, sempre me encontrei em meio `as palavras Por vezes tentei fugir Palavras ditas e reinventadas Meu ofício, Vai traduzindo em metáforas,  O sorriso e a lágrima Das entranhas, surgem meus versos Alguns apocalípticos, outros revoltosos Perambulando e zombateiros Ora sou dona A poetisa, Outrora são eles Caprichosos, danados quem apropriam-se do meu corpo Reescrevendo minha  vida E reinventando, o que ainda não sei de mim.