POEMA DA FELICIDADE Hoje quero fazer poesia, Poetizar sobre dor e sofrimento Se tornou corriqueiro, lhe desafio poeta que sos, A narrar sobre a temível felicidade Aquela que nos habita inesperadamente Quando filho desgarrado, Retorna á casa chuva de verão embalando, crianças na esquina Dizem que poetas descrevem sobre o infortúnio Estilhaçando a esperança medíocre, que teimosamente persiste Em reter-se, lá no fundo do peito Pois , lhe interrompo, A madrugada se finda Eis que me deparo com ela Frente a ela Não sabemos ainda, O que fazer com nossos corpos desejantes Nesta vereda, A interrogo, Por que tardastes tanto a chegar Declino minhas emoções Percebo, que gente assim, não sabe constituir versos, sobre sentença tão efêmera, Não vá, não desista, talvez ambas se reconheçam Havia algo em ti Quiçá um sorriso, trazia-me lembranças dela Senhora, não te iludas ! Será talvez preciso, longas prestações Desse substantivo, Pa...
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Mostrando postagens de 2014
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DIÁLOGOS Dialogo com a sua opressão de cada dia, das tarefas não compartilhadas Dos direitos seus, que não são meus. Dialogo com seu, profundo ser Dialogo, com seu machismo de cada dia com seu desejo em libertar, embora no privado oprima. Dialogo com seu amor, Que cala em mim toda rebeldia Desejando, para ti Uma escrava humilde e serviu.
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HAY POESÍAS QUE NACEN LISTAS Hermano, la poesía que ayer te regalé Jamás fue de hecho mía Ella nació para vos Te lo siento allí Sé que ya no regresas, A estes caminos Y este tema, Solo me toca a mí y a nadie más Me vallo de tus sonrisas Y por eso, sigo a la marcha Pequeñito, Tengo miedo, que sé te olviden Nuestras canciones Así te regalo mi alma, Tatuada en cada una de mis palabras Que es para que me lleves junto a tí, Quizás así este dolor Vaya a buscar otros caminos.
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A LA MARCHA Cuando matan a un negrito, Es a nuestro hijo, a quien lo matan nos avisan todos los días, Por la tele, en la rádio, en las calles Buen Negrito es negrito bajo la tierra Sus voces Todavía, las puedo escuchar Nos gritan mamá, Socorro mamá Nos llaman Mamá Maldita dolor, Que se congela en el pecho y nos destruye el alma Ustedes nos volvieron Madres sin Hijos Ya no llegarán a la casa, Se quedarán por el camino, Tirados a la mar Una vez más Este ajedrez es un juego peligroso Ojalá la policía no los identifiquen, No los griten negro! Manos arriba Podría ser yo, podría ser vos Más una madre, huérfana de sus hijos son Erics, Antonios y Helenos Condenados a la muerte Han nacido negros, Hijos negros, es lo que son Ojo ! Pa la policía buen negrito es negrito bajo la tierra Calláte, Ya no puedo soportar A la marcha mujeres, Nuevos g...
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INFINITUDE Abraço profundo, Braços e pernas de um ser Que não deseja o limite De limites, Estamos dilaceradas Quero a infinitude do céu azul E aquela densidade, Que só as profundas Águas do mar, nos permitem Desejo perder-me Na plenitude de meus desejos E dos anseios E dos sistemas que me fizeram Sinto-me pouco a pouco, Desfazendo-me Daquele ser mulher aturdido, Impregnada dentro de mim Mulher bem quista, e de bem Ou ainda A puta a tua espera Lhe rogo! Que fujas de mim, Que se desfaça Seu fim, Se aproxima Minha sina É destruir-te Para que nunca mais, Habite alma alguma Pois percebo, que nesta medida Que me perco de ti Me reencontro. . .
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Las palabritas Ahora me dicen Que mi poesía es fea. Con palabras obcenas Llena de palabrotas Fea son las acciones humanas, Todas mis palabras están en tu boca Todas mis palabras He leído en tus líneas. Mis palabras no lo has dicho un millón de veces a tus hijas. Pero yo, no las podré decir. Al carajo hijo de puta...
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Singelas palavras tecidas no tempo. Lhe dedicou as últimas palavras, e um sentimento apoderou se sobre ela, relacionado a tantas outras lembranças. Aos dias felizes que eram cada dia mais raros, as pessoas agem de modo estranho, se entristecem, mesmo quando compreendem que este ato é tudo que lhes restam, é como se o fim lhe postergasse talvez uma derrota, quem sabe a certeza que em algo se fracassou. Talvez por isso mesmo teimam, em persistir naquela teia de mágoas, ao encarar o fim que lhes chega a porta, sedenta para entrar e instalar se naqueles corações. Difícil, deveria ser aquele momento, todos diziam que o era. O que a moça não sabia ainda, é que aquele seria o início de dias felizes. . . D as palavras tecidas pelo tempo Se parti? Sim, a partida Me pareceu inevitável Há quanto tempo? Não sei, Desfio o tempo pelas palavras. E elas há muito me diziam Que aquele tempo estava vazio Então parti, parti para outras veredas. Fui fala...
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Amai aos amores Amai aos amores, Amores estes que jamais falarão de seu comportamento hostil Quiças algumas o farão, como rebeldes inimigas pelos corredores Mas logo suas vozes serão tapadas pelo amor, pela veracidade canina. Medo e por todo escárnio Que lhe é costumeiro. Ah! Me pergunto Por que, quando contrariado essa voz viril, brava, dilacerante me desautoriza No privado Me chama louca No público Sou desequilibrada. Difícil tarefa está, de explicar-lhe que violência Ah! Essa violência de socos, olhos e corpos dilacerados.... As vezes compreendo que esta violência naturalizada no tom de voz, na loucura, no desequilíbrio. A violência causada por seu prestígio provocada por sua bondade extrema pelo desejo do sucesso. Da representação do outro do corpo como objeto simples a sua inteira disposição. Me causa medo, dialogo com este silêncio que nos separa com esta fronteira entre os seus direitos e os meus. Esses braços tão rígidos e vi...
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ARAMÍ Seu sorriso, me completa E como a primeira luz da manhã, sua voz me ilumina, iluminando também meus caminhos. Seus olhos, revelam muito de minha alma Que ao abrir-se para sonhar, me aponta novos horizontes. Aos poucos compreendo, que aprendo tanto, quanto ele, Pequenino Com seu dom inspirador. Nessa ciranda, nos olhamos repetidas vezes O vejo, e as suas ações são também um espelho Outros tempos, tão distante de mim. Para dizer-me, vim de ti, sou tua cria Mas não lhe pertenço. me calo a vislumbrar-te. Este ser que em mim habitou, Que veio do mais profundo de minhas entranhas Agora decanta em outras paragens Tendo como companheira, a liberdade.
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Escarro Sim, resolvi lutar Lutar, contra o racismo que nos dilacera que nos rompe sonhos Com seu poder e crueldade Pelas ingratidões de todas as mãos brancas Que mesmo após séculos de luta e trabalho Para a construção de sua riqueza, Para a riqueza da chamada nação brasileira Nos marginalizaram Luto de punhos e mãos espalmadas Pela morte de meu filho Do seu irmão De minha mãe Pelo silêncio que nos atordoa luto Na escravidão aos brancos em forma de amor Luto Por seu escarro No rosto de meu companheiro Pelo escarro em meu rosto de todos os dias Luto E pela bala cravada, no peito de meu irmão Luto Luto e não me calo, Pois aprendemos, que silenciar é a nossa própria morte em vida.