POEMA DA FELICIDADE
Hoje quero fazer poesia,
Poetizar sobre dor e sofrimento
Se tornou corriqueiro,
lhe desafio poeta que sos,
A narrar sobre a temível felicidade
Aquela que nos habita inesperadamente
Quando filho desgarrado,
Retorna á casa
chuva de verão embalando,
crianças na esquina
Dizem que poetas descrevem sobre o infortúnio
Estilhaçando a esperança medíocre,
que teimosamente persiste
Em reter-se, lá no fundo do peito
Pois , lhe interrompo,
A madrugada se finda
Eis que me deparo com ela
Frente a ela
Não sabemos ainda,
O que fazer com nossos
corpos desejantes
Nesta vereda,
A interrogo,
Por que tardastes tanto a chegar
Declino minhas emoções
Percebo, que gente assim,
não sabe constituir versos,
sobre sentença tão efêmera,
Não vá, não desista,
talvez ambas se reconheçam
Havia algo em ti
Quiçá um sorriso,
trazia-me lembranças dela
Senhora, não te iludas !
Será talvez
preciso, longas prestações
Desse substantivo,
Para despor de ti,
Todo entulho que a solidão
A soterrado em tua alma.
Mas recorde, se um dia acordares
Disposta a uma nova manhã
A felicidade é também,
um desejo, um querer
A possibilidade do sorriso fácil
E de deixar que uma alegria qualquer,
adentre essa casa escura
E habite tua alma,
esquecendo em seguida,
o momento de partir.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
DIÁLOGOS
Dialogo
com a sua opressão de cada dia,
das tarefas não compartilhadas
Dos direitos seus,
que não são meus.
Dialogo
com seu, profundo ser
Dialogo,
com seu machismo de cada dia
com seu desejo em libertar,
embora no privado oprima.
Dialogo
com seu amor,
Que cala em mim toda rebeldia
Desejando, para ti
Uma escrava humilde e serviu.
Dialogo
com a sua opressão de cada dia,
das tarefas não compartilhadas
Dos direitos seus,
que não são meus.
Dialogo
com seu, profundo ser
Dialogo,
com seu machismo de cada dia
com seu desejo em libertar,
embora no privado oprima.
Dialogo
com seu amor,
Que cala em mim toda rebeldia
Desejando, para ti
Uma escrava humilde e serviu.
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
HAY POESÍAS QUE NACEN LISTAS
Hermano,
la poesía que ayer te regalé
Jamás fue de hecho mía
Ella nació para vos
Te lo siento allí
Sé que ya no regresas,
A estes caminos
Y este tema,
Solo me toca a mí
y a nadie más
Me vallo de tus sonrisas
Y por eso, sigo a la marcha
Pequeñito,
Tengo miedo, que sé te olviden
Nuestras canciones
Así te regalo mi alma,
Tatuada en cada una de mis palabras
Que es para que me lleves junto a tí,
Quizás así este dolor
Vaya a buscar otros caminos.
Hermano,
la poesía que ayer te regalé
Jamás fue de hecho mía
Ella nació para vos
Te lo siento allí
Sé que ya no regresas,
A estes caminos
Y este tema,
Solo me toca a mí
y a nadie más
Me vallo de tus sonrisas
Y por eso, sigo a la marcha
Pequeñito,
Tengo miedo, que sé te olviden
Nuestras canciones
Así te regalo mi alma,
Tatuada en cada una de mis palabras
Que es para que me lleves junto a tí,
Quizás así este dolor
Vaya a buscar otros caminos.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
A LA MARCHA
Cuando matan a un negrito,
Es a nuestro hijo, a quien lo matan
nos avisan todos los días,
Por la tele, en la rádio, en las calles
Buen Negrito
es negrito bajo la tierra
Sus voces
Todavía, las puedo escuchar
Nos gritan mamá,
Socorro mamá
Nos llaman Mamá
Maldita dolor,
Que se congela en el pecho
y nos destruye el alma
Ustedes nos volvieron
Madres sin Hijos
Ya no llegarán
a la casa,
Se quedarán por el camino,
Tirados a la mar
Una vez más
Este ajedrez
es un juego peligroso
Ojalá la policía no los identifiquen,
No los griten negro!
Manos arriba
Podría ser yo, podría ser vos
Más una madre,
huérfana de sus hijos
son Erics, Antonios y Helenos
Condenados a la muerte
Han nacido negros,
Hijos negros, es lo que son
Ojo ! Pa la policía
buen negrito
es negrito bajo la tierra
Calláte,
Ya no puedo soportar
A la marcha mujeres,
Nuevos gritos no van a tardar!
A la marcha,
otros hijos no nos van a quitar
A la marcha hermanas,
Resistencia,
Nuestros hijos nos llaman.
Cuando matan a un negrito,
Es a nuestro hijo, a quien lo matan
nos avisan todos los días,
Por la tele, en la rádio, en las calles
Buen Negrito
es negrito bajo la tierra
Sus voces
Todavía, las puedo escuchar
Nos gritan mamá,
Socorro mamá
Nos llaman Mamá
Maldita dolor,
Que se congela en el pecho
y nos destruye el alma
Ustedes nos volvieron
Madres sin Hijos
Ya no llegarán
a la casa,
Se quedarán por el camino,
Tirados a la mar
Una vez más
Este ajedrez
es un juego peligroso
Ojalá la policía no los identifiquen,
No los griten negro!
Manos arriba
Podría ser yo, podría ser vos
Más una madre,
huérfana de sus hijos
son Erics, Antonios y Helenos
Condenados a la muerte
Han nacido negros,
Hijos negros, es lo que son
Ojo ! Pa la policía
buen negrito
es negrito bajo la tierra
Calláte,
Ya no puedo soportar
A la marcha mujeres,
Nuevos gritos no van a tardar!
A la marcha,
otros hijos no nos van a quitar
A la marcha hermanas,
Resistencia,
Nuestros hijos nos llaman.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
INFINITUDE
Abraço profundo,
Braços e pernas de um ser
Que não deseja o limite
De limites,
Estamos dilaceradas
Quero a infinitude do céu azul
E aquela densidade,
Que só as profundas
Águas do mar, nos permitem
Desejo perder-me
Na plenitude de meus desejos
E dos anseios
E dos sistemas que me fizeram
Sinto-me pouco a pouco,
Desfazendo-me
Daquele ser mulher aturdido,
Impregnada dentro de mim
Mulher bem quista, e de bem
Ou ainda
A puta a tua espera
Lhe rogo!
Que fujas de mim,
Que se desfaça
Seu fim,
Se aproxima
Minha sina
É destruir-te
Para que nunca mais,
Habite alma alguma
Pois percebo, que nesta medida
Que me perco de ti
Me reencontro. . .
Abraço profundo,
Braços e pernas de um ser
Que não deseja o limite
De limites,
Estamos dilaceradas
Quero a infinitude do céu azul
E aquela densidade,
Que só as profundas
Águas do mar, nos permitem
Desejo perder-me
Na plenitude de meus desejos
E dos anseios
E dos sistemas que me fizeram
Sinto-me pouco a pouco,
Desfazendo-me
Daquele ser mulher aturdido,
Impregnada dentro de mim
Mulher bem quista, e de bem
Ou ainda
A puta a tua espera
Lhe rogo!
Que fujas de mim,
Que se desfaça
Seu fim,
Se aproxima
Minha sina
É destruir-te
Para que nunca mais,
Habite alma alguma
Pois percebo, que nesta medida
Que me perco de ti
Me reencontro. . .
domingo, 12 de outubro de 2014
Las palabritas
Ahora me dicen
Que mi poesía es fea.
Con palabras obcenas
Llena de palabrotas
Fea son las acciones humanas,
Todas mis palabras están en tu boca
Todas mis palabras
He leído
en tus líneas.
Mis palabras no lo has dicho
un millón de veces a tus hijas.
Pero yo, no las podré decir.
Al carajo hijo de puta...
Ahora me dicen
Que mi poesía es fea.
Con palabras obcenas
Llena de palabrotas
Fea son las acciones humanas,
Todas mis palabras están en tu boca
Todas mis palabras
He leído
en tus líneas.
Mis palabras no lo has dicho
un millón de veces a tus hijas.
Pero yo, no las podré decir.
Al carajo hijo de puta...
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Singelas palavras tecidas no tempo.
Lhe dedicou as últimas palavras, e um sentimento apoderou se sobre ela, relacionado a tantas outras lembranças. Aos dias felizes que eram cada dia mais raros, as pessoas agem de modo estranho, se entristecem, mesmo quando compreendem que este ato é tudo que lhes restam, é como se o fim lhe postergasse talvez uma derrota, quem sabe a certeza que em algo se fracassou. Talvez por isso mesmo teimam, em persistir naquela teia de mágoas, ao encarar o fim que lhes chega a porta, sedenta para entrar e instalar se naqueles corações.
Difícil, deveria ser aquele momento, todos diziam que o era. O que a moça não sabia ainda, é que aquele seria o início de dias felizes. . .
Das palavras tecidas pelo tempo
Se parti?
Sim, a partida
Me pareceu inevitável
Me pareceu inevitável
Há quanto tempo?
Não sei,
Desfio o tempo pelas palavras.
E elas há muito me diziam
Que aquele tempo
estava vazio
estava vazio
Então parti, parti para outras veredas.
Fui falar com aquele tempo
Aquele tempo, que se escoava naquele vazio
Costurei e enredei sobre ele
A história, que não era a minha
Mas era a história que sonhava,
Que corria sobre meus olhos.
Encheu meu ventre e minhas memórias
De palavras, daquelas palavras bonitas
Palavras feitas de mar, palavras feitas e desfeitas
De tantas lembranças que trago em meu peito.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Amai aos amores
Amai aos amores,
Amores estes que jamais falarão de seu comportamento hostil
Quiças algumas o farão, como rebeldes inimigas pelos corredores
Mas logo suas vozes serão tapadas pelo amor,
pela veracidade canina.
Medo e por todo escárnio
Que lhe é costumeiro.
Ah! Me pergunto
Por que, quando contrariado
essa voz viril, brava, dilacerante
me desautoriza
No privado
Me chama louca
No público
Sou desequilibrada.
Difícil tarefa está,
de explicar-lhe
que violência
Ah! Essa violência
de socos, olhos e corpos dilacerados....
As vezes compreendo
que esta violência naturalizada
no tom de voz, na loucura, no desequilíbrio.
A violência causada por seu prestígio
provocada por sua bondade extrema
pelo desejo do sucesso.
Da representação do outro
do corpo como objeto simples
a sua inteira disposição.
Me causa medo,
dialogo com este silêncio que nos separa
com esta fronteira entre os seus direitos e os meus.
Esses braços tão rígidos e viris
que me silencia
sem ao menos precisar proferir
socos, manchas e cicatrizes.
ARAMÍ
Seu sorriso,
também me complementa
E como a primeira luz da manhã,
sua voz me ilumina, iluminando também
meus caminhos.
Seus olhos,
revelam muito de minha alma
Que ao abrir-se para sonhar,
me aponta novos horizontes.
Aos poucos compreendo,
que aprendo tanto,
quanto ele
Pequenino
Com seu dom inspirador.
Nessa ciranda,
nos olhamos, repetidas vezes
O vejo, e as suas ações
são também um espelho
Outros tempos,
tão distante de mim.
Para dizer-me,
vim de ti, sou tua cria
Mas não lhe pertenço.
me calo a vislumbrar-lhe.
Este ser que em mim habitou,
Que veio do mais profundo,
de minhas entranhas
Agora decanta em outras paragens
Tendo como companheira,
a liberdade.
Seu sorriso,
também me complementa
E como a primeira luz da manhã,
sua voz me ilumina, iluminando também
meus caminhos.
Seus olhos,
revelam muito de minha alma
Que ao abrir-se para sonhar,
me aponta novos horizontes.
Aos poucos compreendo,
que aprendo tanto,
quanto ele
Pequenino
Com seu dom inspirador.
Nessa ciranda,
nos olhamos, repetidas vezes
O vejo, e as suas ações
são também um espelho
Outros tempos,
tão distante de mim.
Para dizer-me,
vim de ti, sou tua cria
Mas não lhe pertenço.
me calo a vislumbrar-lhe.
Este ser que em mim habitou,
Que veio do mais profundo,
de minhas entranhas
Agora decanta em outras paragens
Tendo como companheira,
a liberdade.
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Escarro
Sim, resolvi lutar
Lutar, contra o racismo que nos dilacera
que nos rompe sonhos
Com seu poder e crueldade
Pelas ingratidões de todas as mãos brancas
Que mesmo após séculos de luta e trabalho
Para a construção de sua riqueza,
Para a riqueza da chamada nação brasileira
Nos marginalizaram
Luto de punhos e mãos espalmadas
Pela morte de meu filho
Do seu irmão
De minha mãe
Pelo silêncio que nos atordoa
luto
Na escravidão aos brancos
em forma de amor
Luto
Por seu escarro
No rosto de meu companheiro
Pelo escarro em meu rosto
de todos os dias
Luto
E pela bala cravada, no peito de meu irmão
Luto
Luto e não me calo,
Pois aprendemos, que silenciar
é a nossa própria morte em vida.
Sim, resolvi lutar
Lutar, contra o racismo que nos dilacera
que nos rompe sonhos
Com seu poder e crueldade
Pelas ingratidões de todas as mãos brancas
Que mesmo após séculos de luta e trabalho
Para a construção de sua riqueza,
Para a riqueza da chamada nação brasileira
Nos marginalizaram
Luto de punhos e mãos espalmadas
Pela morte de meu filho
Do seu irmão
De minha mãe
Pelo silêncio que nos atordoa
luto
Na escravidão aos brancos
em forma de amor
Luto
Por seu escarro
No rosto de meu companheiro
Pelo escarro em meu rosto
de todos os dias
Luto
E pela bala cravada, no peito de meu irmão
Luto
Luto e não me calo,
Pois aprendemos, que silenciar
é a nossa própria morte em vida.
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